Total Pageviews

Thursday, May 17, 2007

Mau humor é doença.(psicologia/comportamento)

O problema é chamado de distimia e o doente, mal-humorado, acha que esse é só um traço de sua personalidade.
"O mundo parece que não foi feita para a gente." Com essa frase, talvez resuma o sentimento de um mal-humorado crônico, o diagnosticado(a) como distimia. Rabugice, raiva, intolerância e insatisfação fazem parte da vida, mas quando se tornam constantes, é sinal de qual a pessoa pode ter distimia, um problema para o qual há tratamento. O mau humor pode ser doença. Isso depende do tipo de estrago que ele faz na vida da pessoa. O ser humano tem recurso para ser feliz e realizado, independentemente das questões extremas. A vida moderna, com correria, estresse e trânsito, pode até contribuir, mas não é fator determinante. Se fosse, não existiriam pessoas bem-humoradas, apesar de tudo isso. O problema é que o doente acha que a intolerância é um traço de sua personalidade, uma maneira de ser, e sempre acaba encontrando desculpas para sua infelicidade. É claro que todos têm dias ou fases em que não estão bem. E isso é muito frequênte acontecer em períodos de transição na vida, como da infância para a adolescência ou na entrada da velhice. Por não entender ou aceitar as transformações, a pessoa fica mal-humorada como forma de defesa. O normal é isso passar com o tempo, mas pode não acontecer de dar origem à distimia, que se caracteriza e é diagnosticada após dois anos de sintomas. Quanto mais mal-humorado, maior é o comprometimento. Quando há a patologia, o indivíduo perde amigos, não pára em emprego nenhum e a auto-estima é muito baixa. O tratamento pode ser feito com psicólogo ou psicoterapeuta. Muitas vezes são necessários os dois, depende de grau do mau-humor e se há distimia ou algum problema hormonal, endocrinológico. Se for doença, pode ser recomendado também o uso de antidepressivos ou ansiolíticos. Particularmente sempre tive comigo a certeza de que não existe pessoas "bravas", mas sim alguém que não encontrou o equilíbrio em sua personalidade capaz de se fazer aceito em um núcleo social ou mesmo conflito consigo mesmo, utilizando-se deste artifício como uma válvula de escape para as suas frustrações e a sua vida mal resolvida. O mau humor na infância faz com que a criança fique briguenta, de poucos amigos, optam pelo auto-isolamento, baixo rendimento escolar, intolerância e explosões frequêntes de raiva. Há a necessidade de se atentar a esses sinais, pois isso pode indicar um quadro patológico. Cabe ao educador, pois a criança passa uma boa parte de seus dias na escola, comunicar à família ao primeiro sinal, que pode ser indicativo da necessidade de uma busca a profissional especializado, os já citados acima. Existem, dentro deste campo vasto de discussão alguns mitos. Há casos em que o mau humor é sinal de uma depressão leve, que não impede o paciente de levar a vida normalmente, mas que deve ser tratada. Quando se trata de uma patologia psiquiátrica, não só pode como deve, ser submetido o paciente a um tratamento medicamentoso, sem dispensar o psicológico. E errado pensar que é normal as pessoas mais velhas serem mais mal-humoradas e, quando isso acontece, é devido a uma doença psiquiátrica. Existem alguns números colhidos através de pesquisas a profissionais e pacientes: 71% dos pacientes, com distimia virão a ter algum outro diagnóstico psiquiátrico, particularmente do tipo depressivo. 5% da população têm distimia. De 15 a 20% dos pacientes com distimia tentam o suicídio. Sintomas principais: Para começar o mau-humor, além de raiva constante, irritabilidade e agressividade. Trata-se de um estado depressivo crônico, normalmente atípico e dissimulado pelo mau humor, chatice, birra, implicância e desânimo. Além disso, o distímico costumam apresentar alguns sintomas como a falta de apetite, insônia ou hipersonia, pouca energia ou fadiga, baixa auto-estima, pouca concentração ou dificuldades para tomar decisões e sentimento de desesperança. O mau-humor pode causar males como hipertensão e aumentar as chances de câncer e doenças do coração, além de elevar os riscos de acidentes, pois a pessoa vive tensa e gera tensão ao seu redor,. Além disso, aos pouco, vai afastando amigos e não consegue parar no emprego, acabando por isolar-se completamente, conforme mencionamos anteriormente. O mau humor não escolhe idade ou sexo, porém, segundo especialistas, as tendências de ocorrências situam-se em fases de transições da vida do indivíduo. Quando se trata de doença, a distima não costuma passar com o tempo, mas sim, se não tratada, a piorar, pois de uma depressão leve pode se converter em uma depressão profunda. Algumas dicas para espantar ou atenuar o mau humor: No caso da distimia, é preciso acompanhamento médico, as sempre há o que se fazer para relaxar e esquecer os problemas. Tome um banho quente no final do dia, faça um escalda-pés, peça uma masssagem nos pés, tome sol pela manhã, pratique exercícios físicos, faça algum tipo de meditação como a ioga, por exemplo, evite contato com outros mau-humorados. A vida é muito preciosa para ser acabada ou degradada em detalhes tão insignificantes quanto a sua grandeza. O bem-viver nem sempre está em grandes feitos, grandes sonhos, sucesso, dinheiro ou fama. Muitas vezes está nos detalhes, que deixamos passar desapercebidos por não nos amarmos suficientemente. Sem narcisismo ou egoísmo exagerado.
Seja feliz e saudável. Tomara que este pequeno texto lhe seja útil. Boa sorte. Obrigado.
Leonardo Suda.
Pesquisa Revista Look ano 07/77

No comments: