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Tuesday, March 25, 2008

Olhar e ver, ouvir e escutar, falar e dizer... comportamento

Nem sempre FALAMOS o que queríamos DIZER, VEMOS o que queríamos ENXERGAR ou ESCUTAMOS o que queríamos OUVIR.
Diferenças fundamentas entre os aparentes sinônimos pautados no título desta postagem.
Temos dois ouvidos, dois olhos, entretanto somente uma boca. Isto significa que temos que estar com os dois sentidos mais aguçados do que o terceiro. Olhar e ver têm diferenças fundamentais e talvez seja um dos mais importantes fundamentos da percepção humana. A visão, do ponto de vista clínico é a capacidade que os seres vivos (privilegiados com este sentido, obviamente) tem de perceber o mundo pelas côres, nuances, pela profundidade, pela conjugação de vários fatores como a cor, o formato, a distância e assim por diante. Entretanto, por ser o nosso corpo muito complexo, principalmente o nosso cérebro, consegue conjugar este sentido com outros, que nos indicam perigos iminentes, que permitem a perpetuação da espécie. O que queremos dizer é que determinadas espécies de seres viventes não conseguiriam ou teriam muitas dificuldades de sobrevivência dentro do mundo animal, como teoriza Darwin em sua lei da sobrevivência. Claro que a natureza poderia criar novos mecanismos de defesa, assim como faz com outros animais que não necessitam da visão para sobreviver.
Voltando ao foco da postagem, diríamos que ver não é exatamente a mesma coisa de enxergar. basta que tenhamos um fato polêmico, onde cada um vê o fato de acordo com a sua capacidade de ver ou enxergar ou mesmo pelo prisma de seu interesse (particular, social, religioso....), ou ainda através de uma forma aprendida de encarar as situações, ainda sim pelo ângulo de quem influencia este espectador(são os ditos pessoas sem opinião própria ou sem personalidade firme) Uma imagem diz muitas palavras, é o jargão popular, pois nem sempre conseguimos enxergar (não ver) um palmo diante de nosso nariz. Ver é um ato mecânico, que não exige muita técnica, é um ato muito primitivo, instintivo até. Enxergar é uma elaborada e complexa capacidade desenvolvida, até mesmo pelo próprio instinto de sobrevivência). É importante que aprendamos a enxergar alguns aspectos daquilo que nossos olhos vêm. A realidade e a fantasia são pilares que sustentam a nossa capacidade cognitiva e nossos olhos, se indevidamente prevenidos, nos induzem a lapsos de percepção, super ou subestimando fatos. Treinemos, portanto, nosso sentido da visão, desvinculando-a da emoção (se possível), atrelando-a 'a razão, 'a realidade. Aí então você saberá qual o ponto de equilíbrio entre ver e enxergar. É muito comum se dizer que estamos vendo chifres em cabeça de cavalo ou cabelo dentro de um ovo...conclui-se que nem sempre o que vemos é o que procuramos enxergar. Muita atenção, pois é de nossa responsabilidade as conclusões.
Outro ponto citado é o ouvir e escutar. Os mesmos padrões citados acima, cabem a este aspecto. É comum alguém sugestionar um "conselho" e você escutar por um ouvido e deixar fluir por outro, como se diz: entra por um ouvido e sai por outro. Por outro lado você tem forte tendência a ouvir os mais experientes: os Pais, os amigos (de verdade), a voz de Deus (a consciência)... Já se pode concluir sobre as diferenças deste aparente sinônimo. Quase que frequentemente as pessoas ouvem o que lhe convém, embora tenha uma perfeita audição e escute todos os sons 'a sua volta. Aprender a ouvir é muito importante para um convívio harmonioso dentro de um grupo social, pois se você não ouvir ou assimilar determinadas regras, a tendência é que sejas alijado ou discriminado e, até mesmo expulso deste. Assim também é a própria vida que colocamos em xeque quando não ouvimos os apelos do nosso próprio corpo.
Sou um tanto falastrão, pelo menos era, até descobrir que não era ouvido naquilo que intencionava dizer. Diz-se do silêncio que é de ouro ou que preconiza concordância(depende da expressão do ouvinte ou daquele que o(a) escute). Por isso que as pessoas que muito falam, quase que invariavelmente, falam o que não devem e podem ser ouvidas por outrem de maneira distorcida ou ofensivamente, dependendo do aspecto e situação do presente momento. Uma piada contada numa roda de amigos, na hora do lazer, não tem a mesma repercussão se contada no transcorrer de uma cerimônia alheia ao lazer... Sim, o silêncio é de ouro, mas não devemos dizer não ou nos calarmos quando queremos dizer sim, 'as vezes é preciso ter a percepção do momento para se dizer. Falar por falar, o papagaio(psitaciforme) fala, mas não diz nada, pois não pensa, age por instinto. Por outro lado o nosso corpo diz muita coisa sem falar nada (é outro aspecto a se pensar). A comunicação entre os seres viventes tem muito a ver com o instrumento da fala e esta comunicação é que identifica os indivíduos que formam determinados grupos, pois usam os mesmos códigos de comunicação quer por gestos e atitudes ou por ação mecânica do aparelho de fala que a maioria dos seres vivos possuem. Há também aqueles que falam demais (falam pelos cotovelos, como se diz popularmente) e jamais será ouvido. É então um caso de credibilidade (pessoas que, ao longo do tempo, enganam a todos - pensa que engana - com inverdades por algum motivo explícito).
Isto dito, concluímos que a harmonização de todos estes aspectos estão diretamente relacionados ao que chamamos de bom-senso de cada um, que se deixe prevalecer a verdade ou mesmo a "mentira", quando esta não provocar prejuízo ou simplesmente para proteger ou poupar outros de situações dolorosas.
Citamos estes aspectos e pontos de vista a fim de que tenhamos esclarecido aspectos importantes do nosso dia-a-dia, para que consigamos realmente fluir progresso em nossas vidas e também para que saibamos distinguir o joio do trigo.
Na próxima vez que escutar algo....veja se vale a pena ouvir...
Se enxergar algo, se vale a pena ver...
se disser algo, o é que você realmente quis dizer.
Viva feliz, seja e faça feliz quem, direta ou indiretamente, te rodeie.
Leonardo

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