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Saturday, December 16, 2006

Lidar com os nossos filhos

Muito de nós reclamam que no dia-a-dia não temos tempo nem para cuidarmos de nós mesmos. Afinal, o dia só tem 24 horas. O tempo tem o seu lado real, e isso não podemos mudar. Mas também tem seu lado subjetivo, pois devemos imaginar o que podemos fazer em trinta minutos e em situações diferentes. Trinta minutos de espera ansiosa não é o mesmo que 30 minutos de puro prazer. Sobra apenas uma brecha para administrarmos esse tempo sendo uma parcela para o trabalho, uma para as nossas necessidades e outra para os nossos filhos. Dizem que a qualidade da relação é mais importante do que a quantidade de momentos juntos. Mas há a realidade dos mesmos 30 minutos. É preciso que esse tempo realmente exista e que ele seja bem aproveitado.
Conheci uma pessoa que só tinha paciência para brincar com o filho uma hora por dia deseja! Desde que nessa hora possa estar integralmente à disposição, sem pensar que gostaria ou deviria estar em outro lugar.
Muitos pais dão como desculpa a falta de tempo para não ficarem ouvindo o que acham , por não ficarem ainda mais ansiosos com as coisas dos filhos, afinal, como já têm muito como o que se preocupar, acabam evitando as preocupações dos pequenos.
Sem interlocutores adultos, sem alguém com quem possam, de fato, contar, as crianças se sentem pouco capazes, acham que deveriam saber cuidar das próprias necessidades e não estão conseguindo. Assim, como teremos uma criança com auto estima baixa.
Se considerarmos essa situação, certamente, conheceremos os problemas que essa criança enfrentará durante seu processo de formação. Não conseguirão ou não aceitação desafios, mesmo escolares, nem se motivarão a , em todos os sentidos, e cria-se um círculo vicioso.
Na escola têm baixo rendimento porque não conseguem estudar, então ficam com baixa auto-estima, e desistem. Não se esforçando, o rendimento é o pior, e isso faz com que sintam-se menos capazes.
Elas se unem a outras para não se sentirem sozinhas e, juntas, vão a necessidade de serem , enfim , vão instintivamente, buscar . É numa dessas situações, poderão surgir um pequeno delito, uma .
Tem ainda a questão dos valores culturais e familiares. As crianças precisam conhecer suas raízes, familiares e culturais,. Ao contrário, correrão risco de não assimilar nem os valores da comunidade, nem conhecer as suas próprias raízes, ficando . sem saber onde e como se fixar. E, convenhamos, sabemos o que a falta de raízes traz como consequência.
Se trinta minutos forem poucos minutos, extenda esse tempo e tenha a certeza de que a recompensa virá como uma dádiva sem que se verifique a ocorrência de um , afinal tudo o que se planta, e se cuida, se colhe. Há de se pensar na hierarquia das prioridades para as nossas vidas, sem nos esquecermos de que uma criança desarranjada de hoje tem grande potencial de se tornar um adulto problemático. Dê a importância necessária ao que realmente é necessário, seja benevolente, pelo menos com sua família, com seus filhos, que não vieram ao mundo porque pediram, mas por sua vontade e/ou ato.
Créditos: kyoto@uol.com.br (Kyoto Yamagida Nakagawa - psicóloga)

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