Um mistério chamado MEMÓRIA (saúde/medicina)

Os recursos da memória não se restringem apenas à lembrança de fatos, e continuam intringando os cientistas. Sua existência já foi considerada pelos antigos gregos como . E embora seja um recurso espetacular que envolve processos complexos, poucas pessoas se dão conta de sua importância e resumen seu papel em apenas ou coisas. Mas não é bem assim. A memória é, certamente, um dos produtos mais fascinantes da evolução biológica, por ser extremamente sofisticada e envolvida em uma enorme gama de processos fisiológicos. Algumas empresas do ramo farmacêutico, por exemplo, estão de olho na possibilidade de poder fazer esse recurso funcionar melhor com um pequeno artifício chamado de pílula da memória. e gastam muito dinheiro par produzir algo que realmente tenha efeitos melhores que alguns goles de café. A memória pode ser definida grosseiramente como a capacidade de reter e manipular informações adquiridas anteriormente. Ela está em ação neste exato momento em que o leitor lê estas palavras e vai cada informação. Mas estes dados não ficam jogados nesse universo como se fosse uma caixa. Existem vário tipos de memórias e, cada uma delas têm função específica. Algumas diferenças entre elas podem ser observadas quando a pessoa anota um recado passado por outra. A informação irá permanecer na memória por um curto período, até desaparecer. Já um ensinamento importante, em uma sala de aulas, pode permanecer mais tempo.. Mas o paopel da memória não fica só nisso. Ela pode ser responsável pela mudança de comportamento de uma pessoa a partir de uma experiência prévia. Neste caso, ela pode gerar também (probabilísticas) sobre diferentes situações com base em eventos já registrados no passado, permitindo que a pessoa encontre a melhor solução. Hoje sabe-se que o funcionamento da memória está diretamente ligado à atividade elétrica das células neuronais, que compõem o sistema nervoso, também conhecidas como neurônios. Quando cada um dos neurônios toca em outro, cria-se a sinapse que é responsável pelo controle da atividade do próximo neurônio na rede, através de quantidade, tipo e forma de neuro transmissor (substância que leva informações de uma célula a outra). Essas variações irão modular a atividade do próximo neurônio e assim por diante, representando um fato, uma ação ou uma sensação. Esses processos químicos são fundamentais para as memórias e, fazem parte de um grande conjunto de fatores que permitem que certas redes neuronais sejam mais facilmente percorridas por estes que outras, estabelecendo a existência de memórias. Em última instância. todas as regiões do sistema nervoso estão ligadas à formação da memória de diferentes formas. Hoje, mais do que apenas procurar por sítios de memórias, tenta-se entender os processos de formação delas. em quaisquer regiões em que ocorram. Tamanha é a riqueza deste universo do cérebro que devemos expandir nosso conceito de memória para muito mais do que aquilo que costumamos chamar de , ligado à evocação de fatos e eventos vividos. O bom funcionamento da memória não depende tanto do espaço livre para o armazenamento de informações, mas mais da boa filtragem que o cérebro faz delas, seleccionando o que é de mais relevante. Foi descoberto que o órgão tem uma espécie de , um sistema neurológico que controla a forma como as informações recebidas serão tratadas. Segundo estudos, a esse brilhante recurso do cérebro humano trabalha através de módulos. É como se a memória fosse uma grande casa e em cada quarto ou sala fossem guardados certos tipos de informações. Todos estes ambientes funcionariam de forma independente, porém, de maneira cooperativa. Nesta há dois grandes . Um deles é chamada de memória operacional, também conhecida como memória de trabalho, isto é, aquela em que há o arquivamento temporário da informação. É um instrumento importante para ajudar a lidar com a realidade imediata. O outro é destinado à memória de longa duração, responsável pela retenção de informações por longos períodos, os aprendizado escolares, ou da linguagem, por exemplo. A maneira como as informações serão gravadas na memória, se com caráter temporário ou longo, vai depender de cada um. As experiências ligadas diretamente à sobrevivência da pessoa que trazem cargas emocionais, serão bem mais lembradas. Caso as ligações sinápticas forem interrompidas em uma certa área do sistema nervoso, haverá um prejuízo na atividade dos neurônios e, obviamente, para a recordação de informações. Mas pode ocorrer o contrário, o fortalecimento destas ligações, o que tornará as sinapses mais estáveis e perenes. É a chamada reconsolidação de uma memória já adquirida e, memórias consolidadas são mais duradouras. Alguns estudos demonstram que o alto índice de açúcar no sangue afeta o funcionamento da memória, pois a regulagem da glicose está ligada com disfunções de memória e como o encolhimentos do hipocampo (parte do cérebro fundamental para o aprendizado e a memória). Esquecer um fato, uma data, o nome de uma pessoa, é um acontecimento tão comum quanto a lembrança dos mesmos. Ainda conclui os pesquisadores que, com o advento de novas tecnologias, a utilização de celulares, computadores, que fazem correção automática dos textos e fazem chamadas sem que tenhamos que relembrar os números, por estarem armazenados em chips de memórias, faz com que esqueçamos a grafia correta das palavras, altera a caligrafia e a não necessidade de guardar números na nossa memória. Existem hoje estudos que direciona para a criação da pílula da memória, já em fase de testes, nos Estados Unidos que, segundo pesquisadores, seria usada para recuperar pessoas em estado de cansaço ou para tratar pacientes que sofrem o Mal de Alzheimer. Algumas dicas para uma boa memória: 1-realizar atividade física moderada, regularmente. 2-Manter a atividade intelectual constante. Pessoas que fazem isso apresentam menores prejuízos após um acidente vascular cerebral (Avc) que outras. 3-Manter atividades de leitura, passatempos de problema de lógica e se expor a situações de aprendizado de novos conhecimentos. 4-Evitar o consumo excessivo de álcool e fumo. 5- Evitar dormir pouco ou situações estressantes. 6-Evitar atividades que possam resultar em traumas na cabeça. 7-Realizar as refeições equilibradas e em horários regulares.8-Procurar se lembrar sempre dessas últimas dicas.