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Thursday, December 07, 2006

Solidão em dezembro

Confraternizações, troca de presentes, festa de natal e de ano novo, beijos, abraços, repletos de ritos sociais, o encerramento do ano é uma época que reforça o sentimentos de solidão em muita gente. Até mesmo quem diz gostar de viver só durante o ano inteiro está sujeito a ser tomado por um desconforto inesperado ao perceber que ainda não sabe com quem compartilhará o Natal ou o Reveillon.E mais: o golpe de solidão que chega com a última página do calendário não é exclusividade de quem está, literalmente, sozinho durante as datas festivas. Há aqueles que, em meio aos ruidosos encontros familiares ou com os colegas de trabalho, mal conseguem disfarçar o mal-estar e a sensação de inadequação. Isolados ou inseridos em bandos eufóricos aos quais sentem não pertencer, os solitários de final de ano estão espalhados pelo mundo. Os norte-americanos apelidaram esse fenômeno comportamental de (depressão de fim de ano) e monitoraram que, no período, aumentam as taxas de suicídios no país. Um estudo conduzido desde 191 por pesquisadores das universidades de Amsterdã e Vrije (Holanda) e da norte-americana Universidade de Chicago vem observando a incidência de solidão em pares de gêmeos holandeses a fim de investigar a possibilidade de predisposição genética ao sentimento. O trabalho define a solidão como . De acordo com os dados, a hereditariedade do sentimento é de 48%.Episódios de exclusão social, ostracismo, rejeição,, separação, divórcio estão entre os potenciais que acentuam a solidão, dizem os pesquisadores. O grupo estudado foi formado por 8387 gêmeos, sendo 3280 homens e 3107 mulheres. No que diz respeito às diferenças entrs os sexos, as mulheres revelaram mais duscetíveis a manifestar a herança genética, dentindo-se solitárias com mais frequência do que os homens. A pesquisa aponta ainda que a manifestação dessa predisposição genética a se sentir só pode ser atenuada ao longo da vida por influência do ambiente e que as contribuições do meio tendem a apresentar impacto de maior dimensão sobre os adultos do que sobre as crianças. Por outrolado, a caracteística hereditária pode ser acentuada na idade adulta quando o indivíduo tende a organizar sua vida mais de acordo com o seu genótipo e menos de acordo com as demandas do meio., diz estudo. , explicou John Cacioppo, professor do Centro de Neurociência Cognitiva e Social da Universidade de Chicago e um dos pesquisadores responsáveis pelo levantamento.
Muitos adotam a solidão em função do estilo próprio de vida, como os compositores, músicos, escritores, por exemplo, que se sentem mergulhar nas profundezas de suas inspirações durante esses momentos solitários, fluindo e externando toda a criatividade contida em momentos de convívio com outras pessoas. Mas a solidão pode ser muito ruim para aqueles que tem seus problemas pessoais como o centro do universo. É preciso que se tenha uma família que entenda os seus membros e, na falta disso, amigos que sejam confiáveis, não só os que nos cedem seus ombros para as lamúrias da vida, mas também aqueles que tenham pronto um feedback às nossas buscas, nem que isso represente um prévio concordar ou uma sutil correção em nossa maneira de agir em determinados casos. A solidão é um estado de espírito, e pode representar o momento de encontro de si mesmo ou transnudar um sério problema do qual não conseguimos nos desvencilhar por nós mesmos, sendo preciso, no caso de se persistir sistematicamente esse sentimento, uma ajuda profissional. Mas o melhor remédio está ainda em relaxar, não se pré-ocupar com o passado, que já não existe e não podemos mudar, ou com o futuro, que ainda não veio e não se sabe ser virá. Jogue fora seus bichos ou prenda-os no fundo da sua mente de maneira que não escapem jamais. Viva intensa e responsavelmente o momento atual, tenha afinco em tudo o que realizar, fazendo com amor e paixão, a começar por si mesmo. Tome um banho muito relaxante, coloque uma roupa legal, uma essência agradável e sinta-se dono(a) de si mesmo(a), como é de DIREITO. Vá à luta e, boa sorte!!
Fontes Revista Look ano 6, nr. 72 e comentários do autor.

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